Botafogo recusa pedido da Eagle e mantém autonomia nas decisões da SAF

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Clube rebate tentativa da holding de reduzir poder de John Textor e reforça busca por acordo sem intervenção judicial

O conflito entre o Botafogo e a Eagle Football, holding que detém 90% das ações da SAF alvinegra, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (18). O clube recusou a inclusão do diretor britânico Christopher Mallon nas decisões estratégicas do futebol, cargo solicitado pela Eagle na Justiça do Rio de Janeiro como forma de reduzir a autonomia de John Textor.

Quem é Christopher Mallon e por que incomoda o Botafogo

Nomeado como diretor independente pela Eagle, Mallon teria a função de monitorar os movimentos da SAF e observar a conduta de Textor em meio ao imbróglio societário. Apesar de o norte-americano afirmar ter uma “boa relação” com o advogado escocês, o Botafogo alega que a intervenção proposta “não se justifica no momento atual”.

O executivo conta com o apoio de dois nomes de peso dentro da holding:

  • Michael Gerlinger, CEO da Eagle;
  • Michele Kang, presidente do Conselho e também do Lyon.

A versão do Botafogo

O clube carioca sustenta que ainda busca uma solução por meio de acordo, sem recorrer aos tribunais. Em manifestação à Justiça, Textor se comprometeu a não transferir os ativos da SAF para uma nova holding nas Ilhas Cayman — movimento que inicialmente visava afastar o Glorioso da Eagle.

A holding, no entanto, demonstrou desconfiança e insistiu na atuação de Mallon como forma de ampliar a vigilância sobre a gestão do norte-americano.

Bastidores do impasse

  • A Eagle Football controla 90% da SAF do Botafogo;
  • Os outros 10% permanecem com o clube associativo;
  • Apesar de Textor ser sócio majoritário, os demais acionistas romperam com ele em 2024, acirrando a disputa jurídica.

O que está em jogo

O episódio expõe novamente o choque de governança dentro do Botafogo SAF. Para especialistas em direito esportivo e empresarial, a disputa pode atrasar decisões estratégicas no futebol e afetar tanto investimentos quanto o planejamento de médio prazo.