No dia 29 de maio de 1927, o estádio da Rua Paissandu, no Rio de Janeiro, foi palco de um massacre histórico. Botafogo e Flamengo entraram em campo, mas só um time jogou de verdade. E o que a torcida do Glorioso viu naquele dia foi uma atuação de gala, um verdadeiro passeio que resultaria na maior goleada do Alvinegro sobre o rival.
O placar nem demorou a sair do zero. Aos 10 minutos, Ariza mandou um foguete de perna esquerda no alto, sem chance para o goleiro Egberto. Sete minutos depois, a festa já estava armada, e o jornal O Imparcial descreveu a sequência avassaladora do Botafogo:
“Quando o extrema-direita Ariza, que atira com ambos os pés, abriu a contagem de canhoto, eram 15h30, e às 15h37 a rede flamenga estremecia pela quarta vez, tocada pelo tiro livre de Néco, batedor do pênalti”.
O time do Botafogo estava impossível. Ariza balançou as redes de novo, e Nilo resolveu deixar sua marca não uma, não duas, mas três vezes. O Flamengo ainda tentou diminuir com Moderato, mas foi só um alívio momentâneo. O primeiro tempo terminou com um inacreditável 7 a 1 para o Fogão, e a torcida alvinegra estava em êxtase.
“A torcida alvinegra, eufórica, carregou Nilo em triunfo no intervalo, quando o placar registrava 7 a 1, e voltou a fazer tal coisa ao término da partida”, relatou O Jornal.
Na volta do intervalo, Nilo continuou inspirado e precisou de apenas um minuto para marcar seu quarto gol na partida, jogando a oitava bola para dentro do gol rubro-negro. O Flamengo ainda fez o segundo com Frederico, mas a tarde era mesmo do Botafogo. Joãozinho fechou a conta: 9 a 2, uma goleada histórica que segue sendo a maior do Alvinegro no Clássico da Rivalidade.
Um dia inesquecível para os botafoguenses. Para os flamenguistas? Melhor nem comentar…