O presidente do Botafogo tirou sarro do pedido do Flamengo para aplicar o fair play financeiro e listou vários motivos para isso: “Estão de brincadeira.”

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Durcesio Mello, presidente do Botafogo Social & Olímpico, ao lado de John Textor, dono da SAF do Glorioso.  📸Vítor Silva/Botafogo FR

Após John Textor ironizar o pedido de fair play financeiro no futebol brasileiro pelo Flamengo, foi a vez de Durcesio Mello, presidente do clube associativo, criticar o movimento do rival carioca sobre o tema.
Em entrevista ao canal ‘Panorama Glorioso’, o dirigente alvinegro questionou a iniciativa e listou os motivos para detonar o pedido rubro-negro.

“Essas reclamações vêm lá da Gávea. Estão de sacanagem… Agora vão falar de fair play financeiro? Há 10, 15 anos, o Flamengo ganha R$ 100 milhões a mais por ano que o Botafogo, o Fluminense, o Cruzeiro, o Atlético-MG… Se você somar isso, dá R$ 1,5 bilhão só em direitos de transmissão. E agora eles vêm com essa história de fair play financeiro? O mais engraçado é que eles falam isso logo depois de perderem por 4 a 1. E o mais curioso é que depois vão e contratam o Alex Sandro com um salário de R$ 1,8 milhão e o Michael ganhando R$ 2 milhões… Que fair play financeiro é esse?”, criticou.

Na semana passada, na segunda-feira (2), houve uma reunião da Comissão Nacional de Clubes, da qual o Textor não foi convidado, para discutir a limitação dos investimentos do dono do Botafogo na SAF. Além do Flamengo, participaram Palmeiras, São Paulo, Vasco, Fluminense, Internacional, Fortaleza e Atlético-GO.

Em agosto, depois da goleada de 4 a 1 para o Botafogo, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, foi pressionado por sócios no grupo do WhatsApp do clube. No grupo, ele comentou sobre o jogo e também sobre o fair play financeiro.

“Eu acho que só este ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), o que é quase o mesmo que você falou desde 2021. E isso para um clube que faturou R$ 322 milhões no ano passado. Bem-vindos à era da SAF sem fair play financeiro”, escreveu.