O que significa para o Botafogo a entrada da Eagle Holding na Bolsa de Valores? Descubra aqui!

Botafogo Eagle Football

O jornal “O Globo” publicou uma matéria nesta sexta-feira, 30, explicando o que realmente muda para o Botafogo com a listagem da Eagle Holding, empresa de John Textor, na Bolsa de Valores. O americano está trabalhando para abrir o capital da Eagle Football, com o objetivo de atrair novos investidores e recursos.

Essa semana, a imprensa inglesa começou a especular que a listagem da holding multiclubes na Bolsa de Nova York está próxima. A expectativa é que esse processo envolva uma oferta pública inicial (IPO), que pode ser avaliada em até 2,3 bilhões de dólares (cerca de R$ 12,8 bilhões). Mas, se isso realmente acontecer, o que pode mudar para o Botafogo?

O clube carioca faz parte de um grupo que inclui o Lyon (França), Crystal Palace (Inglaterra), RWD Molenbeek (Bélgica) e o Florida FC (EUA). A Eagle Football, que é acionista majoritária desses times, quer captar recursos para investir nas equipes do grupo, quitar dívidas e aumentar a liquidez da holding, facilitando a saída de investidores.

Segundo a Sky News, que citou fontes bancárias como Stifel e TD Cowen, a operação pode ser concluída em breve, levantando cerca de 2,7 bilhões de dólares. A ideia é que, ao abrir seu capital, a holding permita que os clubes sob seu controle, incluindo o Botafogo, tenham acesso a novos recursos financeiros. Além disso, o dinheiro arrecadado poderia ser usado para pagar pendências e melhorar a estrutura dos clubes.

“Existem várias vantagens em operar dessa forma, como o acesso a recursos financeiros e a possibilidade de listagem de empresas ligadas ao futebol”, comentou Pedro Trengrouse, sócio da Trengrouse e Gonçalves Advogados, sobre o impacto da operação.

Atualmente, o Botafogo, que já tem um patrimônio sólido, seria beneficiado com essa listagem, ainda mais considerando que a receita bruta do clube em 2023 foi de R$ 388 milhões, com a expectativa de que as ações possam levantar até R$ 526 milhões adicionais.

Quanto à legislação, a SAF (Sociedade Anônima do Futebol) já permite que clubes abram seu capital na Bolsa, mas essa operação ainda enfrenta desafios. No caso da Eagle Football, existe a possibilidade de uma oferta privada para investidores selecionados, garantindo recursos que podem chegar a R$ 50 milhões, destinados a melhorias no Centro de Treinamento Espaço Lonier e nas categorias de base.