O Botafogo encerrou sua participação no Campeonato Carioca da pior forma possível: derrota por 1 a 0 para o Vasco, no último domingo (23), e a pior campanha da história do clube no estadual. Com isso, o Glorioso agora terá um longo período sem jogos oficiais, já que só volta a campo no dia 29 de março, contra o Palmeiras, na estreia do Brasileirão.
Parece um respiro necessário depois de um início de temporada turbulento, mas esse “descanso” de 34 dias precisa ser muito bem aproveitado. E para isso, a SAF tem uma pendência gigantesca para resolver: a contratação de um técnico.
A falta de um comandante já virou um problema crônico. Em 2024, o Botafogo ficou 43 dias sem técnico entre a saída de Tiago Nunes e a chegada de Artur Jorge. Agora, já são 51 dias sem um treinador fixo. Durante esse tempo, Carlos Leiria começou o Carioca, mas acabou sendo realocado para a base, e Cláudio Caçapa assumiu como interino. Enquanto isso, a equipe sofreu dentro de campo e terminou o estadual em nono lugar, igualando a pior campanha da história do clube (2014).
Depois de conquistar Libertadores e Brasileirão na última temporada, o Botafogo passou por uma reformulação pesada: 15 jogadores saíram, incluindo nomes de peso como Luiz Henrique e Thiago Almada, enquanto oito reforços chegaram. Mas até agora, nenhum deles conseguiu se firmar. O resultado? Um time sem padrão de jogo e sem confiança.
O principal problema do time campeão da América em 2024 é claro: a falta de um técnico. O elenco ainda tem qualidade, mas a desorganização dentro de campo é consequência direta das constantes mudanças no comando. A cada dia sem definição, o planejamento da temporada fica ainda mais comprometido.
Mas antes do Brasileirão, o Botafogo tem uma decisão pela frente. Nesta quinta-feira (27), recebe o Racing no Nilton Santos pelo jogo de volta da final da Recopa Sul-Americana. Depois de perder por 2 a 0 na Argentina, o Glorioso precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis. Pode ser o ponto de virada que o time precisa para recuperar a confiança e encontrar um rumo para 2025.